INFORMAL E SEM CRITÉRIO
exercício de expressão com pouco ou nenhum compromisso no que diz respeito à lógica e à coerência.
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28 de jul. de 2010
21/07/2010
eu não sei lidar com essa perda lenta;
que me corta fundo, me sangra inteira.
você nem (me) vê;
você nem olha.
sinto os sonhos destruídos, as palavras engasgadas.
você pode ir, se quiser;
mas não queira.
não me queira deixar.
não quero a morte do amor, só a minha.
quero a morte me tomando por inteira;
me envolvendo pela cintura, assim como você fazia.
dança comigo, morte.
me leva daqui.
não quero ver o que eu sinto acontecer.
o teu desprezo me espanta;
a tua frieza me enforca.
não quero mais ser a tua sombra;
ser essa morta-viva ao teu lado.
me vejo definhando nesse sofá de velhos mortos,
esperando você voltar.
mas você nunca volta;
você não existe mais.
aquele que conheci foi só miragem;
aquele que me amou foi só o vento passando pelos meus cabelos negros;
iludindo a minha boca faminta de amor.
o amor não existe na minha história;
o amor foi a maçã envenenada no meu conto de fadas.
o amor é merda que sai do meu corpo e fede;
que sai de mim e apodrece.
minha mão escreve, enquanto meu corpo morre.
a cada segundo o meu corpo morre;
que se passem as horas, então.
postado por amali